Observa a ocorrência de rompimento do paralelismo e suas consequências na organização do sentido de textos formais de caráter administrativo produzidos no âmbito de instituição jurídica do setor público. Para tanto, serão contemplados os seguintes objetivos específicos: descrever os tipos de estruturas sintáticas em que a observância do paralelismo é recomendada pela gramática normativa; identificar nos dados as construções sintáticas em que não foi observado o paralelismo e analisá-las; e, apresentar proposta de revisão dos exemplos selecionados. Este estudo evidencia certas qualidades que as redações oficiais devem contemplar a fim de cumprirem sua função comunicativa. Nesse contexto, a observância das regras e diretrizes referentes ao paralelismo é um recurso que se une a outros que promovem a melhor compreensão do texto. A análise dos dados desenvolveu-se com base em um quadro teórico estruturado a partir dos estudos dos autores Marcuschi (2010), Oliveira (2013), Garcia (2010), Didio (2013), Koch e Elias (2013, 2014), bem como nas orientações do Manual de Redação da Presidência da República (2002). O detalhamento de alguns aspectos gramaticais foi amparado nos trabalhos de outros autores, tais como, Bechara (2009), Cunha e Cintra (2014), Luft (2010), Moura Neves (2009) e Paiva (2011). A metodologia da pesquisa consistiu de coleta de dados, realizada de modo a contemplar os diferentes tipos de construções sintáticas em que a ausência da simetria pode causar inconsistências no texto e prejudicar sua compreensão por parte do leitor. A fase seguinte foi dedicada ao agrupamento e à ordenação dos exemplos recorrentes e à análise desses enunciados, de acordo com a base teórica anteriormente estabelecida. Os resultados da análise confirmam as explicações apresentadas pelos estudiosos do português brasileiro, quanto às estruturas linguísticas e aos ambientes textuais em que escritores apresentam maior dificuldade de observar o uso adequado do paralelismo. Em vários casos, a falta de simetria na apresentação de ideias correlatas reflete problemas de estruturação sintática dos textos, relativos à regência nominal e verbal e à coordenação de orações, entre outros aspectos.