"Nos anos 1980 e 1990, a criminalidade violenta no Brasil cresceu consideravelmente e o tema da segurança pública entrou definitivamente na agenda social e política. O cenário atual mostra o fracasso das políticas tradicionais de controle do crime e da violência que, em geral, são reativas, militarizadas e baseadas na repressão. uitas deficiências podem ser apontadas nesse modelo tradicional: falta de planejamento e de investimentos, formação deficiente, herança autoritária, abusos dos direitos humanos, corrupção institucional, etc. Apesar disso, muitos defensores do paradigma adicional continuam defendendo não só a
continuação, mas a intensificação das velhas políticas, cujo defeito, segundo eles, seria
justamente a sua timidez. Junto a esse modelo declinante, mas ainda hoje dominante,
surgiram no país iniciativas inovadoras em vários níveis, algumas das quais são aqui
identificadas e analisadas. Esses exemplos devem servir como insumo para pensar como um
novo paradigma de segurança pública democrática pode ser estabelecido no Brasil."