Verifica se é possível ressignificar a medida
cautelar penal de comparecimento periódico em juízo, construindo um modelo que
compatibilize as exigências do processo penal com uma prática judicial humanista,
direcionando o cumpridor a políticas públicas inclusivas. Em caso positivo, analisa se um modelo
com tais características poderia, também, abranger princípios e práticas próprios da
denominada Justiça Restaurativa. Questiona em qual medida seria este grau de
restauratividade, observados os limites decorrentes do princípio da presunção de
inocência e outros pilares do devido processo legal. Verifica a viabilidade de
alinhamento de todo o plexo de direitos fundamentais do indivíduo a alguma medida
de promoção e/ou resgaste de direitos humanos e, se possível, ao enfoque
restaurativo é o objetivo deste estudo, desenvolvido em quatro partes, subsequentes
à seção metodológica. fase final do estudo é analíticapropositiva,
realizada a partir de dados coletados na intervenção uberabense,
culminando com sugestões de adequação normativa, ações interinstitucionais e
políticas judiciárias. Dentre as proposições finais, apresenta-se um modelo inovador
de acompanhamento da medida cautelar penal de comparecimento periódico em
juízo, com potencial eficácia antidiscriminatória, intrinsecamente preventiva e
prospectiva, extensível a outras unidades jurisdicionais, obediente aos pilares do
devido processo penal humanista.