Busca respostas para as razões porque homens matam mulheres e depois cometem suicídio. Elabora uma análise sob duas perspectivas, por um lado as relações de gênero, feminicídio, patriarcado e por outra o Direito Penal; apresentados como estudos separados, mas inter-relacionados porque se complementam na tentativa de compreender, em sua complexidade, a violência contemporânea marcada pela crise da masculinidade patriarcal e pela convulsão operada nas relações de gênero.

Trata da violência de gênero e analisa as razões que explicam a resistência social em reconhecer esta realidade na Espanha. Aborda lei espanhola de proteção integral às mulheres contra a violência e a necessidade de identificar esse tipo de violência com um perfil diferenciado da violência doméstica.

Defende que os movimentos sociais nascidos nas últimas décadas como sinal de resistência aos avanços de um capitalismo cada vez mais ganancioso, criaram uma nova classe perigosa sob uma racionalidade punitiva não muito diferente das anteriores. Argumenta que as novas leis espanholas de reforma penal dos crimes de desordem pública, tornaram-se os instrumentos ideais para esta criminalização.