A atual apropriação da riqueza de nosso planeta é muito desigual. As classes economicamente
favorecidas utilizam muitíssimo mais os recursos mundiais, e o fazem de forma unilateral, sem
dar qualquer compensação às classes menos favorecidas por seu consumo desproporcional.
Invocando três diferentes razões da injustiça – o efeito das instituições sociais compartilhadas,
a exclusão não compensada do uso dos recursos naturais e os efeitos de uma história comum e
violenta –, o objetivo do autor é mostrar que talvez seja possível reunir partidários de
correntes dominantes do pensamento político normativo ocidental numa coalizão voltada
para a erradicação da pobreza mundial mediante a introdução de um Dividendo dos Recursos
Globais, ou DRG.