Analisa a incidência da chamada "Taxa Selic", quanto aos débitos tributários, tanto no que diz respeito àqueles em que os contribuintes são devedores da Fazenda Pública, como também na hipótese inversa, em que o contribuinte é seu credor podendo recuperar o que pagou indevidamente através de compensação ou restituição.

Aborda o tema juros bancários em perspectiva multidisciplinar, apresentando a evolução histórica do pensamento econômico sobre os juros e os conceitos fundamentais de matemática financeira, os diversos sistemas de amortização e as diferentes classificações dos juros.

Explica que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro semestre de 2005 foi ruim para a retórica oficial de que a economia ia bem. Comenta a conseqüência dessa queda esclarecendo que foi mais por causa do aumento dos juros (taxa Selic), da multiplicação desses juros pelos bancos e da carga tributária exageradamente alta. Questiona o que acontecerá ao Brasil quando o panorama econômico internacional, seguindo uma rotina cíclica, se deteriorar.

Trata da natureza da Lei 4.595/64 e analisa a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor aos bancos, notadamente em face da Súmula 297 do STJ, que contém determinação expressa nesse sentido. Discorre sobre as limitações impostas ao Judiciário na aplicação do Direito Bancário, como, por exemplo, na determinação das taxas de juros.

Analisa como o tema dos juros foi estudado nas principais fases do pensamento econômico. Identifica relevantes fundamentos sobre juros de cada escola.

Traz as razões da ilegalidade e inaplicabilidade da taxa Selic sob o regime jurídico do novo Código Civil, analisando o império da autonomia da vontade e a liberdade plena de contratar juros no Código Civil de 1916. Trata também da Constituição Federal de 1988, os limites impostos a taxa de juros, a formação e o mercado financeiro da taxa Selic.